A chuva bagunçou o GP do Japão, mas não impediu Jorge Martín de alcançar sua terceira vitória na temporada 2023 e seguir no encalço de Francesco Bagnaia no campeonato da MotoGP
A chuva até bagunçou o GP do Japão deste domingo (1), mas nada impediu Jorge Martín de varrer todos os pontos disponíveis em Motegi. O espanhol chegou a perder algumas posições depois da troca de motos por conta da chuva, mas escalou o pelotão e, com o fim da prova antecipado também por causa do temporal — isso depois de uma tentativa de relargada, que não aconteceu por conta das condições ainda ruins —, triunfou pela terceira vez em corridas principais na temporada 2023. Com o resultado, segue na vice-liderança do campeonato, mas só três pontos distante de Francesco Bagnaia.
O #1, inclusive, fechou na segunda posição do pódio. Marc Márquez se aproveitou do caos causado pela chuva e colocou a RC213V #93 em terceiro lugar.
Marco Bezzecchi, Aleix Espargaró, Jack Miller, Augusto Fernández, Fabio Di Giannantonio, Raúl Fernández e Fabio Quartararo completam o top-10.
A MotoGP volta às pistas no próximo dia 15, com o GP da Indonésia, que acontece em Mandalika. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como de Moto3 e Moto2.
Saiba como foi o GP do Japão de MotoGP:
Diferente do que aconteceu com Moto3 e Moto2, a MotoGP não conseguiu driblar a chuva no GP do Japão. Quando os pilotos começaram a deixar os boxes para formar o grid em Motegi, bandeiras começaram a ser agitadas para sinalizar a mudança climática. A temperatura era de 25°C, com o asfalto chegando a 29°C. A umidade estava em 78%, com o vento soprando a 8 km/h.
Logo que a disputa foi iniciada, os fiscais agitaram a bandeira branca, liberando os pilotos para a troca de moto.
Enquanto isso, Bagnaia passou Miller para tomar o segundo posto. Jack, porém, respondeu com uma manobra dupla, tomando a ponta. Logo em seguida, contudo, os pilotos partiram pata os boxes para executar o flag-to-flag.
Michele Pirro, então, tinha a liderança, diante de Fabio Quartararo, Stefan Bradl, Cal Crutchlow e Franco Morbidelli, todos ainda com pneus slicks.
Na terceira volta da corrida, Pirro seguia no topo, 3s013 à frente de Bradl. Morbidelli era o terceiro. Os três eram agora os únicos com slicks. Aleix Espargaró vinha em quarto, diante de Marc Márquez e Marco Bezzecchi.
Marc Márquez, então, atacou Aleix, mas o catalão conseguiu sustentar a segunda colocação. No quarto giro, Pirro seguia com slicks, já com 10s de frente para o segundo colocado. Também com calçados de seco, Morbidelli ia despencando na corrida.
Chamado aos boxes da Ducati, Pirro entregou a liderança da corrida para Aleix Espargaró. Márquez era o segundo, com Bagnaia em terceiro após passar Bezzecchi. Martín vinha na quinta colocação.
Na volta cinco, Bagnaia passou Marc Márquez e subiu para a segunda colocação, 0s5 atrás do líder Aleix. Martín seguiu os passos de Pecco e também deixou o hexacampeão da MotoGP pelo caminho para assumir o terceiro posto.
Na abertura da sexta volta, Brad Binder caiu e abandonou o GP do Japão. O sul-africano não se feriu no acidente.
Lá na frente, Martín ultrapassou Bagnaia e tomou o segundo posto, logo partindo para cima de Aleix, que segurou o primeiro ataque, mas não resistiu à passagem pela reta oposta.
A direção de prova anunciou, então, uma punição de volta longa a Crutchlow e Viñales, que erraram a troca das motos.
Logo em seguida, Bagnaia também passou Aleix, tomando o segundo lugar, já 0s7 atrás de Martín.
Aleix tampouco resistiu ao ataque de Bezzecchi. E, logo depois, foi superado por Miguel Oliveira. Marc Márquez também deixou o catalão para trás e ficou em quinto.
Foi só na oitava volta da corrida que Franco Morbidelli entrou nos boxes para trocar de moto, já com um enorme atraso em relação aos demais.
Apesar das condições, já com água acumulada na pista, Martín foi abrindo vantagem. Com 16 voltas ainda pela frente, o espanhol de Madri já tinha 0s9 de dianteira para Bagnaia. Bezzecchi vinha ainda mais longe: 1s6 do piloto da Ducati.
Mais atrás, Jack Miller e Joan Mir travavam um duelo pela sétima colocação. O australiano vinha em vantagem, mas errou e escapou da pista, caindo para 10º.
Na décima volta, Pecco começou a se aproximar de Bagnaia, cortando a vantagem de Martín para 0s7. Jorge respondeu de cara e voltou a abrir em relação ao #1. Atrás, Marc Márquez passou Miguel Oliveira pela quarta posição. O português desceu ainda mais, superado por Aleix Espargaró.
Martín permaneceu forçando o ritmo, levando a vantagem para mais de 1s6. Bezzecchi, por outro lado, vinha em situação mais frágil, já que Marc Márquez ia se aproximando para brigar pelo pódio.
O #93 colocou de lado para uma primeira tentativa, mas Bez sustentou na reta. Pouco depois, o espanhol passou e ficou com o terceiro posto, 0s6 atrás de Bagnaia, o próximo alvo.
No 13º giro, Bagnaia voltou a se aproximar de Martín, baixando a diferença para 1s2. Márquez também ia chegando, só 0s5 atrás.
A bandeira vermelha, então, foi agitada por causa das condições da pista, uma vez que chovia forte em Motegi. A interrupção foi uma reação da direção de prova ao pedido dos pilotos, que vinham levantando a mão para avisar das circunstâncias do asfalto.
Antes da interrupção, Zarco sofreu uma queda forte e acabou com a moto da Pramac destruída.
Alguns minutos após a interrupção, a direção de prova anunciou que o pit-lane seria aberto às 15h50 (hora local) para o procedimento rápido de largada.
A direção de prova confirmou, também, que Johann Zarco não poderia relargar, uma vez que não tinha conseguido retornar aos boxes dentro do prazo de 5 minutos. Além disso, o francês pegou um atalho para ir ao pit-lane.
Maverick Viñales e Miguel Oliveira, por outro lado estavam liberados para voltar, mas teriam de largar do pit-lane.
As posições de largada respeitariam a colocação dos pilotos na última volta completada. Assim, Martín era o pole, diante de Bagnaia, Marc Márquez, Bezzecchi, Aleix Espargaró, Miller, Augusto Fernández, Fabio Di Giannantonio, Raúl Fernández e Fabio Quartararo.
Quando os pilotos partiram para a volta de aquecimento, dava para ver alguns levantando o braço, sinalizando que as condições não eram boas. A direção de prova, então, acionou outra bandeira vermelha e encerrou a corrida.
MotoGP 2023, GP do Japão, Motegi, Corrida:
1 | J MARTÍN | Pramac Ducati | 24 voltas | |
2 | F BAGNAIA | Ducati | +1.413 | |
3 | M MÁRQUEZ | Honda | +2.013 | |
4 | M BEZZECCHI | VR46 | +2.943 | |
5 | A ESPARGARÓ | Aprilia | +3.181 | |
6 | J MILLER | KTM | +6.837 | |
7 | A FERNÁNDEZ | GasGas | +7.587 | |
8 | F DI GIANNANTONIO | Gresini Ducati | +8.602 | |
9 | R FERNÁNDEZ | RNF APRILIA | +11.229 | |
10 | F QUARTARARO | Yamaha | +12.244 | |
11 | T NAKAGAMI | LCR Honda | +14.714 | |
12 | J MIR | Honda | +14.924 | |
13 | C CRUTCHLOW | Yamaha | +16.057 | |
14 | S BRADL | Honda | +17.253 | |
15 | P ESPARGARÓ | GasGas | +24.291 | |
16 | M PIRRO | Ducati | +32.962 | |
17 | F MORBIDELLI | Yamaha | +1:14:934 | |
18 | M OLIVEIRA | RNF APRILIA | Abandonou | |
19 | M VIÑALES | Aprilia | Abandonou | |
20 | J ZARCO | Pramac Ducati | Abandonou | |
21 | B BINDER | KTM | Abandonou |