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Histórias

Mobilete: Conheça um pouco da história.

Mobylette é um modelo de ciclomotor que existiu na França, produzida pela Motobécane, proprietária da marca e posteriormente no Brasil, no final do século XX, por licença, pela Caloi. Assim como a Garelli e outras produzidas por fábricas de bicicletas, como Motovi e Monark, estes ciclomotores tinham motores de 49,9 cilindradas . A potência declarada pelo fabricante era de 3CV.

Possuía motor a dois tempos, sistema centrífugo automático de embreagem , que não tem nenhuma semelhança com o CVT, sistema de partida no pedal, movido a gasolina, à qual era misturado 3% de óleo 2 tempos para a lubrificação, colocada num tanque com capacidade para três litros. Também é possível fazer adaptações com motores de motocicletas pequenas, como o da Honda Dream 100 e outros motores de 75cc.

O que eram as mobiletes?

Mobilete era o nome dado, na década de 1970 e 1980 para praticamente qualquer ciclomotor encontrado no mercado. Tecnicamente, mobiletes eram apenas os ciclomotores vendidos pela Caloi (e, antes, pela Garelli). Marcas como a Monark, por exemplo, viram o público batizar seus próprios modelos com o nome da concorrência.

Monark

Isso gerou um certo caráter icônico em torno do nome. No período, muitos jovens sonhavam em pilotar seu ciclomotor, em função da falta de regulamentação específica para o tipo de veículo.

Mobilete Caloi 50cc ano 1078

Em comparação aos ciclomotores atuais, as mobiletes estavam muitos mais próximas de uma bicicleta do que os modelos de hoje. Na prática, pareciam-se estilosas bicicletas motorizadas, que ficaram conhecidas pelo alto nível de modificação de seus donos.

Quase 50 cilindradas

Um dos segredos para o sucesso das mobiletes era a escolha mecânica. A partir de 50 cilindradas, a lei brasileira já considerava o veículo de duas rodas uma motocicleta. Por isso, as mobiletes ofereciam precisamente o necessário para não enquadra-se na categoria. Eram exatamente 49,9 cilindradas no motor.

Com esta característica na motorização, não era necessário nem mesmo emplacar, o que reduzia os custos significativamente. Além disso, um único tanque de gasolina cheio (equivalente a três litros) era suficiente para uma quantidade quase infinita de quilômetros.

Propaganda antiga Mobylette Caloi 1977

Isso permitia que as mobiletes fossem razoavelmente acessíveis, e que sua manutenção não fosse exatamente cara, ao menos no quesito gasolina. Desta forma, tornava-se ideal para jovens entusiastas do mundo sobre duas rodas que ainda não tinham idade suficiente para pilotar uma motocicleta.

Com a chegada das marcas japonesas e a exigência de habilitação para conduzir esse ciclomotor, além do emplacamento do veículo, as vendas de Mobilete foram caindo gradativamente.

Uma história de modificação e adaptação

Uma característica inesperada faz parte da história das mobiletes. Os modelos tornaram-se, rapidamente, populares e objetos de customização entre os usuários. Obviamente, ao se falar de jovens com pouca experiência, em sua grande maioria, isso não significa que as pessoas realmente soubessem o que era a modificação que estavam fazendo.

Para muitos, o objetivo era simplesmente ultrapassar a barreira dos 60 km/h de velocidade máxima. Na tentativa, qualquer coisa era permitida – mesmo que não ajudassem muito no desempenho.

O resultado, em geral, era uma mobilete extremamente barulhenta e que não costumava andar mais rápido do que a versão original. O barulho, no entanto, pareceu popularizar o segmento entre os entusiastas, e é uma das características mais lembradas pelos proprietários da época.

Aposentadoria e transformação em um item de coleção

Com produção encerrada no final da década de 1980, as mobiletes tornaram-se um item de nostalgia importante no mercado de colecionadores de motocicletas e ciclomotores. Cheias de estilo próprio, as máquinas diferenciavam-se por não tentarem parecer motocicletas frágeis.

Isso garantia, a elas, um apelo visual que provavelmente nenhum outro ciclomotor obteve desde então. Embora encontrar uma mobilete em perfeito estado de conservação possa ser difícil, muitos colecionadores fazem o trabalho de recuperar o equipamento e revender.

Trata-se de um ótima opção para quem quer retomar uma antiga memória, ou, ainda, conhecer as mobiletes mais a fundo.

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fonte: https://www.theriders.com.br/mobilete-conheca-um-pouco-da-historia/

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