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The Riders Histories
Histórias

Qual é a história por trás da Mobylette?

Mobylette é um modelo de ciclomotor que existiu na França, produzida pela Motobécane, proprietária da marca e posteriormente no Brasil, no final do século XX, por licença, pela Caloi.

Assim como a Garelli e outras produzidas por fábricas de bicicletas, como Motovi e Monark, estes ciclomotores tinham motores de 49,9 cilindradas . A potência declarada pelo fabricante era de 3CV.

Possuía motor a dois tempos, sistema centrífugo automático de embreagem , que não tem nenhuma semelhança com o CVT, sistema de partida no pedal, movido a gasolina, à qual era misturado 3% de óleo 2 tempos para a lubrificação, colocada num tanque com capacidade para três litros.

Também é possível fazer adaptações com motores de motocicletas pequenas, como o da Honda Dream 100 e outros motores de 75cc.

O que eram as mobiletes?

Mobilete era o nome dado, na década de 1970 e 1980 para praticamente qualquer ciclomotor encontrado no mercado. Tecnicamente, mobiletes eram apenas os ciclomotores vendidos pela Caloi (e, antes, pela Garelli).

Marcas como a Monark, por exemplo, viram o público batizar seus próprios modelos com o nome da concorrência.

Isso gerou um certo caráter icônico em torno do nome. No período, muitos jovens sonhavam em pilotar seu ciclomotor, em função da falta de regulamentação específica para o tipo de veículo.

Em comparação aos ciclomotores atuais, as mobiletes estavam muitos mais próximas de uma bicicleta do que os modelos de hoje. Na prática, pareciam-se estilosas bicicletas motorizadas, que ficaram conhecidas pelo alto nível de modificação de seus donos.

Quase 50 cilindradas

Um dos segredos para o sucesso das mobiletes era a escolha mecânica. A partir de 50 cilindradas, a lei brasileira já considerava o veículo de duas rodas uma motocicleta. Por isso, as mobiletes ofereciam precisamente o necessário para não enquadra-se na categoria. Eram exatamente 49,9 cilindradas no motor.

Com esta característica na motorização, não era necessário nem mesmo emplacar, o que reduzia os custos significativamente. Além disso, um único tanque de gasolina cheio (equivalente a três litros) era suficiente para uma quantidade quase infinita de quilômetros.

Isso permitia que as mobiletes fossem razoavelmente acessíveis, e que sua manutenção não fosse exatamente cara, ao menos no quesito gasolina. Desta forma, tornava-se ideal para jovens entusiastas do mundo sobre duas rodas que ainda não tinham idade suficiente para pilotar uma motocicleta.

Com a chegada das marcas japonesas e a exigência de habilitação para conduzir esse ciclomotor, além do emplacamento do veículo, as vendas de Mobilete foram caindo gradativamente.

Uma história de modificação e adaptação

Uma característica inesperada faz parte da história das mobiletes. Os modelos tornaram-se, rapidamente, populares e objetos de customização entre os usuários. Obviamente, ao se falar de jovens com pouca experiência, em sua grande maioria, isso não significa que as pessoas realmente soubessem o que era a modificação que estavam fazendo.

Para muitos, o objetivo era simplesmente ultrapassar a barreira dos 60 km/h de velocidade máxima. Na tentativa, qualquer coisa era permitida – mesmo que não ajudassem muito no desempenho.

O resultado, em geral, era uma mobilete extremamente barulhenta e que não costumava andar mais rápido do que a versão original. O barulho, no entanto, pareceu popularizar o segmento entre os entusiastas, e é uma das características mais lembradas pelos proprietários da época.

Aposentadoria e transformação em um item de coleção

Com produção encerrada no final da década de 1980, as mobiletes tornaram-se um item de nostalgia importante no mercado de colecionadores de motocicletas e ciclomotores. Cheias de estilo próprio, as máquinas diferenciavam-se por não tentarem parecer motocicletas frágeis.

Isso garantia, a elas, um apelo visual que provavelmente nenhum outro ciclomotor obteve desde então. Embora encontrar uma mobilete em perfeito estado de conservação possa ser difícil, muitos colecionadores fazem o trabalho de recuperar o equipamento e revender.

Trata-se de um ótima opção para quem quer retomar uma antiga memória, ou, ainda, conhecer as mobiletes mais a fundo.

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fonte: https://pt.quora.com/Qual-%C3%A9-a-hist%C3%B3ria-por-tr%C3%A1s-da-Mobylette

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