Roda raiada ou de liga leve? Qual a melhor? Depende da aplicação. Basicamente as rodas de liga leve são mais indicadas para motos que vão rodar por pisos bem asfaltados, e as raiadas são mais adequadas ao uso em trajetos com piso ruim, inclusive estradas de terra e trilhas.
É que as raiadas são compostas pelas “folhas” (os aros), pelos cubos e pelos raios aparafusados a estas duas outras partes – e os raios também têm função de amortecimento. Já as de liga leve são fundidas em uma única peça, então sua capacidade de absorção de impactos é menor.
Mas, então, por que motos pequenas costumam usar rodas raiadas? Bom, aí entra outra equação: as raiadas são mais leves e mais baratas, então também são mais indicadas para os modelos de baixa cilindrada.
As duas, contudo, merecem cuidados. O básico é mantê-las sempre limpas e protegidas, inclusive para evitar a ação da maresia (onde ela existir), da ferrugem causada pelo acúmulo de sujeira e água e até de danos na válvula de calibragem. Mas o principal é fazer uma inspeção frequente para ver o estado geral. As de liga leve não devem ter amassados, trincas, nem rachaduras, e muito menos ter folgas em relação ao cubo central. Nas raiadas, esses mesmos cuidados, e também é importantíssimo verificar se os raios têm folgas.
Em caso de qualquer inconformidade, a dica é procurar um profissional especializado em rodas de motos. Tal importância se deve ao fato de que as rodas são responsáveis por grande parte do equilíbrio da moto quando em movimento. Aros amassados ou empenados, e raios frouxos, podem gerar vibrações incômodas e até perigosas, além de um desequilíbrio em todo o conjunto.
Eventualmente o aro, seja raiado ou de liga leve, pode ser desamassado sem que isso venha a comprometer a dirigibilidade e a resistência a futuros impactos. Mas isso depende muito do tamanho do dano. Nas rodas raiadas, se houve quebra de um ou mais raios, troque tanto a “folha” da roda quanto a raiação. Nas de liga leve, se o conserto tiver que ser aplicado em uma área muito extensa, troque a peça também.
Aqui não se deve economizar e só vale reparar danos mínimos, porque o conserto em roda de liga leve normalmente é feito com dois recursos que podem comprometer sua resistência: calor e pancadas. No fim das contas, a roda pode até voltar ao seu formato original, mas não voltará jamais a ter sua resistência original. Isso sem falar que as rodas de liga leve costumam usar pneus sem câmara, e o encaixe dos talões nos aros deve ser perfeito para evitar a fuga de ar.
Além da inspeção em busca de amassados ou empenos, os raios merecem uma atenção especial. É relativamente normal que, depois de algum tempo de uso, ocorra uma folga. Então é importante levar a roda para o trabalho de reaperto dos raios, algo que deve ser feito por um profissional – que saberá a correta força a ser aplicada em cada raio.
Vale lembrar que se o cubo da roda sofrer danos causados por algum impacto, não deve ser consertado: troque-o. Cubo não se solda, se troca, e não só por causa de avarias mas também por conta do desgaste interno no caso de motos com freio a tambor. Por fim, vale ponderar que, quanto maior e mais potente for a moto, mais importantes são os cuidados com as rodas. Mas os cuidados aqui mencionados são indicados para as rodas de qualquer tipo de moto.
Fonte: https://www.webmotors.com.br/wm1/motos/rodas-raiadas-e-de-liga-leve-os-cuidados-basicos
