S̄wạs̄dī phnạkngān – ou simplesmente – olá pessoal!
Meu, o idioma é extremamente complicado, mas já sei falar olá, obrigado e por favor. Vamos ao diário – com certeza o dia da minha vida que mais vi coisas belas, vocês vão adorar também.
Café da manhã num deck maravilhoso com uma vista espetacular e companhias super agradáveis, assim começou meu “sábado”. O hotel que fiquei é maravilhoso, construído numa montanha com cada canto bem planejado, cachoeira artificial, etc., tudo de muito bom gosto.
Rodamos pouco, cerca de quase 1 hora e chegamos a um templo absurdamente lindo. E o legal foi que, da pista principal, pegamos uma quebrada que, ao longo do curso da estradinha começou a aparecer o cume do tempo, estátuas, etc., isso vai dando uma instigada porque, no meio de tantas arvores altas, você vê uma mega estátua e fica imaginando o real tamanho dela. Errei, ela era maior do que eu imaginei.
Trata-se de um templo novo, com pouco mais de 10 anos de construção, o espaço todo é constituído do Templo, alguns outros menores e uma estatua gigantesca dos 05 Budas – que representa os 5 estágios que temos que passar até alcançar o “top”.
Vocês não tem noção de como é lindo, as fotos somente darão uma breve idéia pois o clima todo é bem legal.
De cara é necessário tirar os sapatos e andar a pé ou de meia. Uma escada bem comprida leva o visitante até o Templo principal que possui outras escadas até seu cume.
Em frente a ele está a estatua dos 5 Budas, do lado esquerdo um tipo de castelo, vários pontos para meditação, auto falantes escondidos na mata soando musicas suaves e poucos turistas. Ficamos mais de uma hora no local tirando fotos, ouvindo as explicações dos guias. Infelizmente não pudemos acessar os 5 Budas, manutenção ou algo assim.
Nosso guia citou o fato que o budismo, em alguns lugares, não é mais o mesmo, é mais comercial, etc. (normal em TODAS as religiões), e, no Templo de hoje, por todo o tempo que ficamos por lá, acompanhei um Monge que não largou do celular, falando baixo mas com ar de executivo ocupado, se não fosse pela roupa, diria que era o diretor de alguma empresa resolvendo problemas da empresa…
De volta para a estrada pegamos uma bem nova, com ótimas curvas de alta e não tive dúvidas, com a autorização do guia Daniel, sentei a mão na bicicleta com motor que estou usando (GS 1200). Gastei um pouco as pedaleiras. Finalizado o trecho com curvas, aguardei o grupo e seguimos naquele esquema de sempre, pequenas cidades, templos, mais templos e muitos templos.
De repente, do nada, o que tinha no meio da pista? Uma Sra. Cobra atravessando-a. Com agilidade todos desviaram dela e eu creio que tenha filmado o momento, o duro é acha o vídeo no meio dos demais. Novo trecho de curvas, nova desgarrada para brincar um pouco e, no meio do nada, vi uma procissão, povo com roupa preta e muito animado, parei, tirei umas fotos, me despedi e parti. Fui informado depois que provavelmente era um velório!!! (veja o vídeo)
Novamente sozinho o que me aparece do nada numa curva? Outra cobra, mas agora menor e fininha, toda desesperada para sumir. Deu tempo de parar e vê-la seguir para o acostamento, como a pobrezinha devia ser azarada, bem naquele ponto tinha uma mureta de proteção e a infeliz teve que seguir por ela até poder alcançar o mato novamente.
A parada para o almoço foi num tranquilo restaurante, o prato principal foi peixe, porco frito, o básico. Havia uma espécie de sopa quente de peixe e eu a experimentei. Não demorou para os lábios começarem a queimar, até amortecer, o negócio era muito forte e aja água com gelo para aliviar… mas era gostoso.
Estrada vai, estrada vem e paramos num ponto cênico – do alto da montanha se avistava o Laos, país vizinho, e algumas das suas vilas. Ficamos um tempinho ali, sentados, fotografando e apreciando a natureza.
Novo treco de estrada e o que nos esperava no meio da pista ? mais uma cobra, mas desta vez era uma tipo naja, que engorda logo abaixo da cabeça para atacar, etc. Foi tão rápido que as duas primeiras motos (Daniel e Montry) sequer a viram, apenas eu e o Luzi a reparamos. Novamente estava filmando MASSSSSSSSSSS, deu pau de novo na go pro e nada saiu pós almoço.
Já no trecho final nos deparamos um uma guarnição de militares, um guarda que aparentava 16 anos com uma metralhadora gigante. Sorriram e sequer nos pararam. O povo daqui não aparenta idade que tem até uns 50, depois parece que envelhecem de uma vez rs.
Tivemos um trechinho de terreno ruim, árvore caída no meio da pista sendo retirada por moradores, algumas curvas com (muitos) pedregulhos de arrepiar a espinha, mas tudo tranquilo. Não eram nem 15h quando chegamos no CHIANGKHAN RIVER MONTAIN RESORT, outro resort cheio dos mimimi, na recepção um grupo de funcionários nos aguardavam sorridentes e dando boas vindas – até os filmei. Como antes, as malas já são enviadas direto para os respectivos quartos e, num carrinho de golf, fomos levados aos nossos humildes aposentos.
Estamos na beira do rio KHONG MEKONG RIVER, que divide a Tailândia do Laos. É uma divisão imaginária uma vez que, como disse, esta no meio do rio. Fiz uma foto da tela do celular para vocês terem uma idéia.
E aí veio a surpresa do dia que haviam prometido – um passeio de barco. Foi bem legal, primeiro porque podemos dizer que fomos ao Laos, depois pelas imagens maravilhosas que capturamos no trajeto, pescadores, crianças, barcos, templos, enfim, vejam as fotos.
Para finalizar, fomos deixados no centro da cidade onde estamos CHIANG KHAN. Simpática, humilde, limpa, com uma orla maravilhosa, várias lojinhas, restaurantes e hotéis com vista para o Rio, típica cidade para turista.
Jantamos na beira do Rio – peixe e porco frito, dentre outras iguarias – tudo com pimenta, claro, mas saboreando uma deliciosa cerveja do Laos. Aqui vai um parênteses – todo lugar que visito eu peço a cerveja local, mesmo que não goste quando experimento, mas sempre peço. Nesta viagem só dei sorte, todas muito boas.
Após o jantar tínhamos 2 opções, voltar para o hotel andando, algo de 30 minutos como disseram ou de tuktuk – claro que peguei a segunda opção, aliás, andando só voltaram o Daniel e a Laney.
Eu, Montry e Luzy viemos para meu quarto para vermos o vídeo da cobra – frustração total de todos por conta da droga do chip. Dai novamente me deu o maior cansaço, e sequer percebi que dormi rs.
ps. 1 aula do dia – reparem que nos olhos do Buda – ele sempre olha “logo à frente” nunca “lá na frente”, ou seja, ele olha no máximo 3 passos à frente, nunca lá na frente – isso significa que devemos nos preocupar mais com o presente do que com o futuro, de nada adianta ficar com os olhos lá no futuro e tropeçarmos aqui, no presente.
Veja mais aventuras em: http://cezinha-carpedien.blogspot.com.br
Abraços ou กอด,
Cezinha.