Descubra como funciona o freio das motos. Confira os tipos disponíveis até dicas de manutenção e curiosidades. Veja tudo aqui no The Riders!
Veja como funciona o freio das motos e quais tipos existem
Olá, amigo! Aqui é o Marcelo Nunes do Portal The Riders, saudações!
Em primeiro lugar, hoje vamos falar sobre um assunto que, apesar de muitas vezes passar batido, é crucial para a segurança na pilotagem: o freio de moto!
Portanto, vamos explorar como ele funciona, quais tipos existem e algumas dicas quentes para você não ficar na mão na hora de parar.
Mas, então, pegue sua caneta e anote, porque as informações que vou compartilhar podem te ajudar a pilotar com mais confiança. E aí, pronto para acelerar o conhecimento?
Certamente, uma das principais preocupações dos motociclistas quando se fala em pilotar uma moto é a segurança. Pu seja, independentemente das razões que motivam a compra: paixão, sentimento de liberdade, economia ou agilidade, a segurança é sempre determinante na hora de escolher o modelo!
Contudo, com a evolução dos motores e conjuntos de transmissão, as motos têm alcançado velocidades máximas impressionantes e desacelerar tem se tornado cada vez mais desafiador para as fabricantes.
A Dinâmica da Frenagem
Mas, antes de entender mais sobre como funciona o freio das motos, vamos explorar um pouco sobre seu comportamento dinâmico durante situações de frenagem.
Transferência de Carga
Portanto, já parou no semáforo e, quando acelerou, percebeu que a moto tentou empinar? Ou precisou frear bruscamente e viu que a roda traseira saiu do chão? Mas, isso acontece porque algumas forças são geradas em torno do centro de gravidade da moto devido à interação dos pneus com o solo, distribuição de massa, curso de suspensão e deformações em geral.
No entanto, as forças aplicadas em cada roda variam de acordo com a situação que você está enfrentando. Portanto, quando você acelera sua moto, o pneu está empurrando a estrada para trás enquanto o asfalto empurra a moto para frente. Ou seja, quanto maior o torque e o atrito entre o pneu e a pista, maior a força que tenta levantar a frente da moto.
Mas, já nos casos de frenagem, quando a aceleração é negativa (desaceleração), o efeito contrário acontece, sobrecarregando mais a roda dianteira. Além disso, existe a inércia sobre o CG (centro de gravidade) da moto, que também influencia para agravar o trabalho do freio dianteiro. Independentemente do estilo da sua moto, peso e distância entre rodas, a transferência de carga em frenagem sempre traz esse efeito, exigindo mais da roda dianteira do que da traseira. É por isso que as motos, em geral, possuem sistemas de freio mais eficientes nas rodas da frente, com freio a disco – simples ou até duplos, já que serão mais demandados quando o assunto é parar a moto.
Tipos de Freio de Moto
Diversos fatores colaboram com a desaceleração da moto, como arrasto aerodinâmico, atrito no motor, câmbio, transmissão e rolamentos, além da resistência a rolagem entre os pneus e o asfalto. Mesmo com todas estas forças contribuindo para reduzir a velocidade, ainda não é suficiente para que a moto consiga parar em espaços curtos e repentinamente.
Freio a Tambor
O freio a tambor é um sistema que está presente em grande parcela da frota circulante e equipa, geralmente, motos de baixa ou média cilindrada. Pode ser acionado por cabo – nos casos de acionamento do conjunto dianteiro pelo manete do guidão – ou por uma haste presa ao pedal de freio, para acionamento do sistema de freio traseiro.
O conjunto consiste em duas sapatas que possuem, na maioria das aplicações, revestimento composto por fibras sintéticas, metais e resina, com alta dureza e coeficiente de atrito. Ao acionar os freios, estas superfícies, conhecidas como lonas de freio, entram em contato com a parede interna do cubo de roda, conhecida como tambor. O atrito entre a lona e o tambor é responsável por desacelerar a roda em questão.
Motos de menor cilindrada usam este modelo, já que as velocidades máximas que atingem são inferiores e a performance de desaceleração ainda consegue ser atendida. Além disso, os freios a tambor possuem baixo custo e facilidade de manutenção, visto que os acionamentos são mecânicos.
Leia também:
- Him-E Royal Enfield Himalayan Elétrica que Revoluciona o Off-Road
- Royal Enfield Goan Classic 350: O Estilo Bobber que Faltava
- Royal Enfield Goan Classic 350: Pronta para o Motoverse 2024!
- Pode ou Não Pode? A Verdade Sobre Pilotar Moto de Chinelo
- Honda Pop 110i 2025: A Moto Mais Econômica e Acessível do Brasil
Por outro lado, esse tipo de conjunto traz algumas desvantagens devido ao fato do sistema no cubo de roda ser fechado, o que dificulta a limpeza – fundamental para o funcionamento ideal dos freios – e impossibilita a fácil verificação de desgaste do material consumível das sapatas.
O sistema fechado também traz complicações à temperatura de trabalho do freio a tambor, que perde eficiência, já que altas temperaturas prejudicam o atrito necessário entre as partes em movimento e influenciam para menor efetividade em acionamentos repetitivos.
Freio a Disco: Como funciona o freio das motos
Assim como o freio a tambor, o princípio de funcionamento do freio a disco também é o atrito. Este segundo conjunto é composto por um disco, geralmente metálico, preso à roda e uma pinça de freio presa a bengala ou balança da moto. Cabe à pinça abrigar as pastilhas de freio: elementos que, assim como as lonas, possuem comumente fibras sintéticas, metais e resina para garantir alto atrito.
Na ação do freio, as pastilhas entram em contato com o disco, de forma a pressioná-lo para desacelerar a roda a qual está preso. Essa pressão colocada sobre as pastilhas em contato com o disco é responsável por reduzir a velocidade da moto.
O acionamento do sistema a disco é feito de forma hidráulica utilizando o fluido de freio. O piloto aciona o freio através do manete (para a pinça dianteira) ou pedal (para o conjunto traseiro), que atua em um cilindro mestre.
O cilindro mestre transforma o movimento mecânico de alavanca em pressão hidráulica na linha de freio. Essa pressão chega às pinças e, através do movimento de êmbolos, empurra as pastilhas para que parem o disco através da fricção do contato.
O sistema hidráulico utilizado pelas motos equipadas com freio a disco demanda atenção, já que é necessário verificar o nível de fluido e possíveis vazamentos. Ainda assim, permite controle dos freios com maior precisão e acionamento com mais rapidez.
Além do menor tempo de resposta – o que reduz o espaço de frenagem necessário, comparado às motos equipadas com freio a tambor – os sistemas que utilizam disco apresentam melhores condições de ventilação, tornando-o mais eficiente e resistente à fadiga e falha por altas temperaturas.
Como funciona o freio das motos
Evolução e Componentes do Freio
A alta eficiência dos sistemas a disco que equipam as motos atualmente se tornou possível devido a evolução dos conjuntos disponíveis até os dias atuais. Veja a seguir alguns dos componentes que sofreram alterações:
Pastilha
A principal preocupação das pastilhas de freio está associada ao seu composto. Deve-se considerar dois fatores durante a escolha da pastilha ideal para seu uso e tipo de moto: eficiência e desgaste.
A eficiência da pastilha de freio está relacionada à potência de frenagem do elemento, ou seja, quão eficiente é a desaceleração da moto. Já o desgaste reflete a vida útil do componente. Ambos os aspectos estão geralmente correlacionados: quanto mais eficiente a pastilha escolhida, mais rápido ela irá se desgastar.
Atualmente, podemos encontrar muitos compostos, sinterizados ou orgânicos, com performance que variam de acordo com a aplicação. Algumas pastilhas possuem foco em pista, com coeficiente de atrito ideal em altas temperaturas, enquanto outras foram feitas para uso urbano, com melhor faixa de desempenho em baixa e média temperatura. A escolha da pastilha de freio deve sempre levar em consideração as recomendações do fabricante, adaptável à rigorosidade de uso.
Pinça
Apesar dos conjuntos de freio a disco estarem se tornando cada vez mais populares entre as motocicletas, ainda existem muitas diferenças nas pinças de freio. Sobretudo as que equipam motos de baixa cilindrada vs alta cilindrada e peças para competição.
Além da fixação da pinça, que pode ser flutuante ou fixa, outras características também variam junto à performance. São elas: rigidez da peça (bipartida ou não), material e a quantidade de êmbolos. Portanto, todos estes aspectos influenciam o funcionamento do conjunto e interferem na sensibilidade do piloto.
Disco
Como o próprio nome já diz, o disco de freio é fundamental nesse sistema e tem grande influência na eficiência dele. Isso porque, além do tamanho do disco estar diretamente ligado à potência de frenagem do conjunto, outros fatores como geometria, material e espessura contribuem com a refrigeração e efetividade do sistema.
Para atender as mais distintas demandas de performance e custo que cada modelo e tipo de uso exige, os discos de freio podem ser confeccionados de materiais diversos, desde ligas de aço ou alumínio até carbono. Além do material, a configuração dos discos também apresenta variações distintas, desde formato até elementos que favoreçam a ventilação e limpeza da pastilha.
Como funciona o freio das motos. Princípio Básico: Atrito
Portanto, como vimos, o atrito é fundamental para o funcionamento do conjunto de freio, independente se a tambor ou a disco. A fricção entre os materiais é necessária e desejada, porém pode trazer graves problemas à frenagem caso alguns cuidados não sejam levados em consideração.
Calor
O atrito entre as lonas de freio e o tambor, ou entre as pastilhas e o disco, é responsável por parar a moto, transformando a energia cinética do movimento em energia térmica. Isso faz com que a temperatura das peças em contato aumente em curto espaço de tempo, de forma a aquecer as outras partes do sistema.
Temperaturas excessivas podem causar no freio um efeito chamado de fade, que é percebido pelo piloto quando a habilidade de frenagem é reduzida. Isto é, os componentes do sistema de freio não são capazes de desacelerar a moto dentro de espaço e tempo apropriado. Para conseguir parar, quando possível, é preciso pressionar o manete ou pedal com mais força. E o problema aumenta ainda mais com o uso contínuo.
Para resolver isso, os fabricantes utilizam soluções como furos de ventilação nos discos, proporcionando uma maior dissipação do calor gerado.
Umidade
O contato do sistema de freio com a água reduz a eficácia da frenagem. Isso acontece porque a presença de umidade cria uma película em alguns componentes, tornando a fricção entre os materiais menos efetiva.
Na prática, o efeito é semelhante a um desgaste das pastilhas e pode ser notado em dias de chuva. A umidade faz com que os freios também necessitem de aquecimento para retornar à eficiência de frenagem. É comum que os motociclistas acionem o freio para aquecer o sistema ao sair da chuva.
Conclusão: como funciona o freio das motos
Certamente, o sistema de freios é uma das partes mais importantes em uma moto. Mas, compreender como funciona e quais são os tipos disponíveis pode garantir a segurança do piloto e do passageiro. Além disso, é fundamental realizar manutenções periódicas e substituições quando necessário, seguindo sempre as orientações do fabricante.
Fique sempre alerta para sinais de falhas ou desgastes e nunca subestime a importância de um bom conjunto de freios para a sua pilotagem. E você, qual sistema de freio utiliza na sua moto? Tem alguma dúvida ou experiência para compartilhar? Deixe seu comentário e vamos trocar ideias!
Continue navegando no portal The Riders e acelere com a gente!
Acesse nossas sessões Riders Custom, Riders Speed, Riders Trail, Riders Elétrica, Riders Cross e fique ligado nas novidades!