fbpx
The Riders Histories
Mundo Speed

Marc Márquez vence na etapa da República Tcheca.

Acabou a brincadeira. Depois de três vencedores diferentes em três corridas da temporada 2019, Marc Márquez aproveitou a chegada à Europa para reestabelecer a normalidade no Mundial. Com uma bela largada neste domingo (5), o #93 chegou na frente na primeira curva, resistiu à pressão inicial de Franco Morbidelli e tratou de disparar na ponta para vencer o GP da Espanha com 1s654 de vantagem para Álex Rins.

Ao contrário do que aconteceu na Moto2, a prova da MotoGP teve um início tranquilo, com Márquez partindo para o ataque no instante em que as luzes se apagaram para tomar a ponta já na curva 1, com Morbidelli responsável por liderar o ataque ao #93.

Inicialmente, Franco ia conseguindo acompanhar o ritmo do #93, mas, passadas as dez primeiras voltas, Márquez abriu 1s de margem pela primeira vez, deixando os demais para brigar pelo segundo posto. Daí para a frente, o piloto da Honda só fez se afastar.

Enquanto Marc escapava, a dupla da SIC sofria. Primeiro, Morbidelli perdeu o segundo lugar para o pole-position Fabio Quartararo. Depois, o #21 ainda foi superado por Rins, que vinha em prova de recuperação.

Na sequência, já com 12 voltas para o fim da corrida, ‘El Diablo’ teve de abandonar o GP da Espanha por conta de um problema com a YZR-M1 da SIC. Enquanto isso, Morbidelli ia caindo mais e mais no pelotão.

Com o vencedor praticamente definido precocemente, as atenções se voltaram à disputa pelo terceiro lugar, onde Maverick Viñales ― depois de uma atípica boa largada ― vinha se defendendo da pressão de Andrea Dovizioso.

Ao fim das 25 voltas, Márquez cruzou a linha de chegada para sua segunda vitória no ano, com Rins e Viñales completando o pódio. 0s361 atrás do piloto da Yamaha, Dovizioso ficou com o quarto posto, à frente de Danilo Petrucci.

13º no grid andaluz, Valentino Rossi fez mais uma prova de recuperação e recebeu a bandeirada em sexto, 7s547 atrás de Márquez. Morbidelli acabou em sétimo, seguido por Cal Crutchlow e Takaaki Nakagami. Piloto de testes da Honda, Stefan Bradl recebeu a bandeirada em décimo.

Jorge Lorenzo fez uma corrida apagada depois do que vinha se mostrando um bom fim de semana e acabou apenas em 12º, 18s473 atrás do companheiro de Honda.

Saiba como foi o GP da Espanha de MotoGP:

Após um dia de sol e um dia nublado, o domingo apresentou um meio termo, com o sol conseguindo furar ligeiramente algumas das muitas nuvens. Quando a classe rainha alinhou no grid, a temperatura em Cádiz estava na casa dos 20,5°C, com o asfalto chegando a 42,7°C.

Completando um dia dominado por estreias, Fabio Quartararo tinha sua primeira pole na MotoGP, o piloto mais jovem a conseguir tal feito na classe rainha do Mundial de Motovelocidade. Também estreando no top-3, Franco Morbidelli tinha o segundo posto, seguido por Marc Márquez, que, pela primeira vez, experimenta a sensação de ser o piloto mais velho na primeira fila da MotoGP.

Líder do Mundial, Andrea Dovizioso abre a segunda fila, seguido por Maverick Viñales, Cal Crutchlow, Danilo Petrucci, Takaaki Nakagami e Álex Rins. Em sua melhor classificação, Francesco Bagnaia era o décimo, à frente de Jorge Lorenzo e Joan Mir. Valentino Rossi vem apenas em 13º.

Neste fim de semana, a Michelin levou pneus extras para Jerez. Além dos tradicionais macios, médios e duros, a fábrica francesa colocou à disposição uma segunda opção da borracha mais resistente.

Logo na partida, Márquez fez o mergulho e deixou a dupla da SIC para trás. Dovizioso também foi bem e chegou a ocupar o segundo lugar, mas Morbidelli apertou a Ducati e acabou fazendo o italiano recuar e ter de lidar com Rins, que pressionava. As SIC seguiram em segundo e terceiro, com Morbidelli à frente de Quartararo. Maverick Viñales fazia o movimento para cima de Andrea Dovizioso e tomava o quarto posto.

Mais atrás, Valentino Rossi ganhava duas posições em relação à largada, mas era Jack Miller quem partia melhor: de 14º para nono ao fim da primeira volta. Nas primeiras colocações, eram essas as mudanças iniciais.

Márquez tocava forte, mas Morbidelli seguia grudado nele sem deixar se desgarrar. Quartararo tentava se manter também e até andava bem, embora com algumas passadas do limite que permitiam Viñales a se animar. Só que Rins ganhou corpo e começou a crescer com a Suzuki. Deixou, finalmente, Dovizioso para trás e foi para cima de Viñales, a quem também ultrapassou.

Com 16 voltas para o fim, Márquez começou a naturalmente abrir vantagem. Morbidelli coseguiu impor um desafio incômodo por algumas voltas, mas ficara para trás e foi ultrapassado por Quaratararo. O ítalo-brasileiro passou a tomar pressão de Rins.

Mas a sorte fechou o rosto para Quartararo. A jovem promessa ainda era segundo colocado quando um problema acabou com a potência da moto e obrigou o pole-position a encostar nos boxes e abandonar a corrida. Melhor para Rins, que ultrapassou Morbidelli e assumiu o segundo posto. Não demorou até que Viñales deixasse Morbidelli para trás, reestabelecendo a ordem da equipe-mãe da Yamaha sobre a satélite.

As Ducati deixaram Morbidelli para trás, numa briga interessante contra Cal Crutchlow, com direito a passada de um e ‘xis’ do outro. E logo após os outros dois, Rossi assava Miller, que respondia na mesma moeda. Nesta altura, Dovizioso e Petrucci já apareciam em quarto e quinto.

Eventualmente, tanto Cruthlow quanto Rossi levaram a melhor – e Valentino superou também Morbidelli para atacar Crutchlow e ultrapassar com inegável facilidade. Após o fim de semana complicado e largar no 13º lugar, Rossi era sexto colocado com cinco voltas para o fim.

Dovizioso largou mão do melhor que a Ducati tinha a oferecer para as cinco voltas finais – uma entrada no pódio, afinal, seria fundamental na classificação do campeonato -, mas Viñales também caminhava com ritmo excepcional na posição de defesa. Márquez e Rins já haviam se afastado.

E, se por um lado a Suzuki comemorava o dia de Rins, por outro tinha de lamentar problemas com Joan Mir que obrigaram o abandono. A prova acabou também para Miller, que errou e caiu. E Jorge Lorenzo? Era o 13º colocado em meio a tudo isso.

Dovizioso veio para mais uma tentativa, a final, na última volta: não conseguiu. Viñales enfim andou bem, disparada melhor prova dele na temporada. Márquez venceu mais uma e teve Rins e Viñales num pódio todo espanhol em Jerez. Dovizioso, Petrucci, Rossi, Morbidelli, Crutchlow e Nakagami fecharam o top-9. Ainda foram aos pontos Stefan Bradl, Aleix Espargaró, Lorenzo, Pol Espargaró, Johann Zarco e Tito Rabat.

Notícias relacionadas

MOTOGP, FRANCESCO BAGNAIA (2.º): “TEMOS DE GANHAR ALGO PARA A CORRIDA DE AMANHÔ

Marcelo Nunes

MOTOGP, JACK MILLER (6.º): “ESTAVA A RECUPERAR, MAS CHEGOU A BANDEIRA VERMELHA”

Marcelo Nunes

Yamaha YZF-R1 – 25 anos da superbike True-Blue

Marcelo Nunes

Deixe um comentário